Felicidade contida

Publicado: fevereiro 27, 2011 em Uncategorized

Diludo minhas palavras ao vento
Conforme caminho entre pedregais
Os ponteiros continuam a girar
E enlouquecer minha mente.
E a cada passo dado,
é como colher aos poucos
os pedaços de felicidade na relva.

De todas as vozes ditas,
vou guardando aos poucos cada timbre
É uma despedida mal-feita
Palavras pela metade,
verdades reprendidas
angústia em forma de solfejo.

Olhei para o céu em chamas
E vi que certas coisas, nada adiantam dizer
É uma maldição persuasiva
De optar apenas por um
De deixar entupir as palavras na garganta
ou soltá-las como fogos de artificio

E a cada adeus implicitamente dito,
vejo nos olhos alheios a falta de importância
Quando encontro o espelho,
vejo no fundo, uma esperança.
Até completar a tese de que
estar sozinho não é uma má idéia.

Estar sozinho é talvez fortaleza
É se preparar para um grande estorvo
Gostar especialmente de sua própria companhia
Então todos suspiram em coro
desafinadamente sentem pena pelo outro
Não sabe a paz que guardas em seu coração.

De qualquer maneira,
Caminhei por aquela rua
e me dei conta da felicidade
que quis explodir no peito
mas se contentou apenas com um semblante sereno.

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